Há 50 anos, Antônio Paulista chegava em Santa Vitória
No último dia 30 de janeiro, o Correio de Santa Vitória preparava uma reportagem especial para homenagear os 50 anos da chegada do francano Antônio Gonçalves Marcelino, o popular Antônio Paulista, no município de Santa Vitória. Porém, a data coincidiu com o dia do sepultamento do filho Elvinho, momento demasiadamente triste para ele e seus familiares.
Assim, deixamos o registro para esta oportunidade.
Segundo Antônio Paulista, sua vida de tropeiro teve início aos 14 anos de idade, conduzindo tropas pelo interior paulista.
Numa dessas viagens, adquiriu cinco éguas, deu uma tosa da crina e no rabo dos animais, de forma que ganhassem um aspecto mais bonito. A ideia certo e, pouco mais a frente, barganhou quatro de suas éguas por oito burros. Assim, montou sua primeira tropa.
Muitos anos depois, em meados de 1973, Antônio Paulista trabalhava para o fazendeiro Hoker de Paula Cintra, na região de Pedregulho (SP).
Numa ocasião, o patrão pediu que o funcionário o acompanhasse até o município de Santa Vitória, para olhar uma fazenda na região do Poção, que pertencia a Luiz Dib. De pronto, o patrão gostou da proposta de compra da fazenda, porém, condicionou à compra caso Antônio Paulista viesse morar na propriedade, onde atuaria como gerente.
Sem mais delongas, em 30 de janeiro de 1974, Antônio Paulista veio de mudança com a esposa Maria Aparecida Teles (falecida em 2019) para Santa Vitória, para trabalhar na referida fazenda.
Já atuante e muito conhecido em Santa Vitória, conduziu diversas boiadas de uma fazenda a outra pelo Município. Numa delas, chegou a conduzir 2.126 cabeças de gado.
Em meio a este serviço, continuou se dedicando a função de amansar tropa.
Hoje, com 77 anos de idade, devido a problemas de saúde, que começaram em 2010, Antônio Paulista passa o tempo em casa.
Com boa a memória, costuma recordar numa prosa e outra com amigos e familiares as aventuras dos bons tempos de tropeiro.
