Parentes que mataram auditor fiscal e a mãe dele são condenados em Ituiutaba

Com informações G1 Triângulo

Os seis acusados de matar o auditor fiscal Carlos Alberto Barbosa, de 64 anos, e a mãe dele, Sebastiana Aparecida Barbosa, para roubar bens e pagar dívidas com agiotas foram condenados com penas que variam de 45 a 70 anos, além de multas. Os crimes ocorreram em janeiro de 2023 em Goiânia (GO) e Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.

Condenações

Luciene Soares Theodoro de Andrade, José Eterno de Andrade Filho, Eduardo José de Andrade, Weverton Weliton dos Santos Alves, Herick Henrique Cintra Nascimento e Lorraine Cristina Santos tiveram diferentes penas, devido à diferença de acusação conforme a participação de cada um nos crimes.

• Luciene, sobrinha de Sebastiana, foi condenada a 70 anos, 1 mês, 21 dias de reclusão em regime inicial fechado e R$ 2.734,20 em multa. Ela foi condenada pelos crimes de latrocínio, cárcere privado e ocultação de cadáver das vítimas;
• José Eterno, marido de Luciene, solicitou instauração de incidente de insanidade mental alegando que seria portador de Doença de Alzheimer, mas o pedido foi negado. A sentença foi a mesma da esposa, pelos mesmos crimes;
• Eduardo José, filho de Luciene e José Eterno, condenado a mesma sentença dos pais, pelos mesmos crimes;
• Weverton Weliton, que, junto a Herick, foi convidado a participar do crime sob a promessa de receber R$ 50.000,00 cada um e participou ativamente do crime. Ele foi condenado a 67 anos, 10 meses, 23 dias de reclusão em regime inicial fechado, além de multa no valor de R$ 2.517,20 em multa. A sentença foi a soma das penas pelos crimes de latrocínio, cárcere privado e ocultação de cadáver de ambas as vítimas;
• Herick Henrique foi condenado a 68 anos, 11 meses, 2 dias de reclusão em regime fechado e R$ 2.604 em multa, pelos mesmos crimes dos demais envolvidos;
• Por último, Lorraine Cristina, prima de Eduardo e namorada de Weverton, foi condenada a 45 anos, 11 meses, 20 dias de reclusão e R$ 1.736 em multa pelos mesmos crimes dos demais envolvidos.

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Relembre o caso

As investigações apontaram que a sobrinha, o marido dela e o filho foram para o apartamento do auditor e da mãe dele no dia 15 de janeiro de 2023. Por lá, ficaram até o dia 26.

No dia 19, Carlos Alberto foi morto e retirado do apartamento. Ele foi colocado em uma cadeira de rodas, tirado do prédio e colocado dentro do próprio carro. O corpo dele foi abandonado na divisa de Goiás com Minas Gerais.

No dia 26, Sebastiana foi morta. Ela também foi retirada na cadeira de rodas, colocada em um carro e abandonada em Professor Jamil. O corpo foi encontrado no mesmo dia, com sinais de violência. Após o corpo de Sebastiana ser encontrado, a polícia começou o trabalho de identificação e procura dos suspeitos.

A sobrinha e o filho dela foram presos em Ituiutaba usando o carro de uma das vítimas. Depois dessa prisão, as polícias Civil e Militar foram à casa da vítima e conseguiram prender José Eterno.

Em interrogatório, após a prisão em flagrante, Eduardo admitiu os crimes e disse que ele e os pais foram até Goiânia já com o objetivo de dopar e roubar as vítimas.

Em segundo depoimento, Eduardo alegou que teria matado a vítima Carlos Alberto pelo fato dele ter estuprado a mãe, Luciene. A segunda alegação configuraria o delito de homicídio motivado por vingança e não latrocínio, mas foi ignorado por ser uma versão completamente diferente da prestada inicialmente.

Eduardo foi ouvido outra vez em 31 de janeiro, quando detalhou o envolvimento de Weverton e de Herick, os quais foram convidados para ajudar no crime, após Lorraine apresentar o namorado ao primo.

No depoimento, Eduardo relatou que Weverton e Herick foram para Goiânia para ajudar a vigiar a vítima Carlos Alberto e a tentar conseguir as senhas bancárias dele, bem como ficariam com sua arma de fogo e encarregados de vendê-la. Ele afirmou, ainda, que foi combinado que Weverton e Herick ficariam com R$ 50.000,00 cada um.