Por que cachorros correm atrás de carros, motos e bicicletas?
Comportamento é comum, e tem a ver com o instinto animal; motoristas devem ter cuidado para evitar acidentes
Com informações Auto Esporte
Se você já passou em locais onde há cães nas ruas, eles certamente já latiram e correram atrás do veículo, seja ele um carro, uma moto ou bicicleta.
O curioso comportamento, que parece atingir maioria absoluta destes animais, tem relação com a ancestralidade da espécie e seu modo instintivo de sobrevivência. Todavia, ele requer cautela do condutor para prevenir acidentes.
Antes de tudo, é preciso entender que cães são territorialistas. Os bichos entendem que precisam proteger o local em que vivem, e, caso alguém tente invadir seu espaço, sua reação natural é atacar. Assim, “se um veículo está adentrando em seu território, eles tentam proteger de alguma forma”, explica Rosângela Gebara, membro da Comissão de Bem-Estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo.
Por sua vez, o ato de o veículo ir na direção oposta à do cão é entendido pelo animal como um reforço positivo, como se ele realmente estivesse fugindo. “Ele entende que o esforço que está fazendo em latir e correr atrás do carro está dando certo.” Isso faz com que ele repita o processo, e até mesmo outros bichos tenham o mesmo comportamento.
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Sua atitude muda também conforme o tamanho do veículo. “Nos menores, como motos, mobiletes e bicicletas, o cão tem mais coragem de enfrentar”, Rosângela explica. Além disso, barulhos mais altos, como buzinas, sons agudos de motos e até pessoas gritando, podem aguçar ainda mais a raiva do cão.
Culpa é da genética
De acordo com especialistas, determinadas raças possuem um instinto mais forte de pastoreio, vindo de seus ancestrais. Assim, buscam condicionar objetos em movimento para determinados locais, tal como cachorros pastoreios fazem com outros animais, como ovelhas, bois e vacas para trazê-los de volta ao rebanho.
Receio ao desconhecido
De forma geral, isso acontece com veículos com os quais o animal não é familiarizado. “Se ele mora em um condomínio, fica solto e o automóvel de seu dono – da pessoa que ele gosta e está acostumado – se aproxima, ele não vai latir, não vai querer espantá-lo. Ele vai justamente fazer festinha vendo o carro de seu tutor chegando”, esclarece Rosângela.