Varíola dos macacos: caso investigado em Ituiutaba é descartado, diz Prefeitura

Materiais biológicos de um paciente do sexo masculino, que não teve idade divulgada, que era investigado desde domingo (12). Ele precisou ser internado na Upami.

Com informações G1 Triângulo e Alto Paranaíba

A Prefeitura de Ituiutaba informou na quinta-feira (16) que o caso em investigação da varíola dos macacos na cidade foi descartado. A investigação ocorria desde domingo (12). O paciente é do sexo masculino e não teve a idade divulgada.

De acordo com o Município, o teste realizado teve resultado negativo, mas a Prefeitura segue prestando assistência ao paciente e investigando qual doença deu origem aos sintomas apresentados.

g1 procurou o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para confirmar o descarte. Os órgãos responderam que iriam validar a informação, mas ainda não houve retorno até a última atualização da matéria.

No domingo, a Prefeitura havia informado que, após apresentar alguns sintomas, o paciente foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento Municipal de Ituiutaba (Upami), onde foram colhidos materiais biológicos e enviados para a realização de exames específicos.

Outro caso descartado

Na quarta-feira (15), o Ministério da Saúde descartou outro caso suspeito da doença, que era investigado em Uberlândia, referente ao óbito do policial penal de 41 anos, anunciado no sábado (11). Ele estava internado no Uberlândia Medical Center (UMC).

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Orientação aos municípios

Para o diagnóstico laboratorial, a SES-MG orientou aos municípios a coleta de amostras para análise pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Todos os dados clínicos também estão em análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde para investigação e encerramento dos casos.

Casos de varíola dos macacos no Brasil

Até quinta-feira (17), ao menos 6 casos confirmados de varíola dos macacos no Brasil, sendo 4 em no estado de São Paulo, 1 no Rio Grande do Sul e 1 no Rio de Janeiro.

Apesar da preocupação global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) “ressalta que não houve mortes associadas à doença. Além disso, não recomendou vacinação em massa e diz que o atual surto pode ser controlado com vigilância e rastreamento de contatos”.

Mundo

A OMS disse que a varíola dos macacos traz um “risco moderado” para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.

“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, afirmou a OMS.

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Sintomas e transmissão

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explicou Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

“O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completou Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

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