Primeiro transplante de fígado é realizado em Uberlândia

Idoso de 63 anos recebeu o órgão de um doador de 32 anos que teve morte encefálica; procedimento cirúrgico foi realizado via SUS no Uberlândia Medical Center (UMC).

Com informações G1 – Pontal do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba

O dia 14 de abril entrou para a história da medicina em Uberlândia com a realização do primeiro transplante de fígado na cidade. Um idoso de 63 anos recebeu o órgão de um doador de 32 anos que teve morte encefálica.

A cirurgia foi realizada no Uberlândia Medical Center (UMC), o hospital foi credenciado em junho de 2021 para realizar o procedimento tanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita, quanto por convênios e particulares, de acordo com a lista de espera e designação dos pacientes pelo Sistema Nacional de Transplantes, quando há doações dos órgãos.

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Primeiro transplante de fígado em Uberlândia

Idoso de 63 anos recebeu o órgão de um doador de 32 anos que teve morte encefálica. — Foto: GA Comunicacao/Divulgação

Idoso de 63 anos recebeu o órgão de um doador de 32 anos que teve morte encefálica. — Foto: GA Comunicacao/Divulgação

O primeiro procedimento cirúrgico do tipo foi realizado no dia 14 de abril e o paciente transplantado, via SUS, recebeu alta 8 dias depois. Segundo o UMC, o idoso enfrentava há vários anos comprometimento na saúde, incluindo dificuldades em tarefas simples, como caminhar

“[Ele] deu entrada no serviço em novembro de 2021, logo após o credenciamento do UMC para realização de transplantes de fígado e rim, e passou por todas as avaliações exigidas, sendo na sequência incluído no Sistema Nacional de Transplantes, entrando na lista do MG Transplantes em 18 de fevereiro”, explicou o médico Maxwel Capsy Boga Ribeiro, cirurgião digestivo especialista em transplante hepático.

A cirurgia contou com equipe multiprofissional que acompanhou o paciente desde o pré, intra e pós-operatório, envolvendo desde a equipe médica com cirurgiões, clínicos de várias especialidades e anestesistas, além de enfermeiros, psicólogos, nutricionista, assistente social e odontólogo.

“É uma cadeia de cuidados extremamente alinhada, desde a recepção do paciente na entrada do hospital, quando este é convocado para o procedimento, passando por procedimento cirúrgico cronometrado, exames realizados na hora, monitorização 24 horas, cuidado com imunossupressão e infecções”, disse o coordenador da unidade de transplantes do UMC, Guilherme Marques Andrade.

Interiorização dos transplantes

Em 2017, o decreto 9.175 regulamentou a lei 9.434 de 1997 sobre transplante de órgãos, criando o Sistema Nacional de Transplante (SNT), que possibilitou o processo de interiorização dos centros transplantadores no país, até então restrito a capitais.

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