Minas Gerais confirma segundo caso de raiva e investiga nova morte de criança

A paciente é uma menina indígena e está internada em BH. Criança de 5 anos morreu por suspeita de raiva no último domingo

Com informações Rádio Itatiaia – Allãn Passos e Enzo Menezes)

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou que a menina indígena de 12 anos  internada no Hospital Infantil João Paulo II, em BH, teve exame confirmado para raiva humana.

A adolescente está internada na UTI da unidade hospitalar e passa por tratamento de acordo com o protocolo da doença. 

Os dois casos confirmados no Estado são de adolescentes que vivem na aldeia Maxacali na cidade de Bertópolis, no Vale do Mucuri.

No dia 13 de abril, um garoto de 13 anos morreu por conta da doença após ser mordido por um morcego – o primeiro caso confirmado de raiva humana em Minas em 10 anos. 

Terceiro caso suspeito  

O estado também investiga outra morte por raiva humana. Trata-se de uma criança de 5 anos, também na área rural de Bertópolis. 

Ela morreu no domingo (17/4) e, desde então, a morte dela está sendo investigada como possível caso de raiva humana. 

 Amostras de sangue foram coletadas e enviadas para BH, ainda que a vítima não tenha apresentado sintomas de raiva. 

A última vez que Minas Gerais registrou um caso de raiva humana foi na cidade de Rio Casca, na Zona da Mata, em 2012. Na ocasião, um produtor rural foi atacado por um morcego e demorou a procurar atendimento médico.

—–CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE—–

O que é a raiva humana?

A raiva é uma encefalite viral aguda, transmitida por mamíferos. De acordo com o Ministério da Saúde, todos os mamíferos podem ser considerados fontes de infecção para o vírus da raiva, como cães, gatos, morcegos, cachorros do mato, saguis, raposas, bovinos, equinos, suínos e caprinos, dentre outros. 

Segundo o protocolo de tratamento da raiva humana, publicado pelo Ministério da Saúde, a maior parte dos casos ocorre entre duas semanas e três meses após a agressão, mas o período de incubação pode chegar a até um ano. 

Dentre os sintomas mais frequentes, estão: mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Nos casos de transmissão por morcegos, o mais comum é que o paciente desenvolve a “forma paralítica” da doença, com dor no local da mordida, O quadro pode provocar alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.  




Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *