LUTO: Reginaldo Santos morre aos 91 anos

O produtor rural aposentado Reginaldo Santos faleceu na tarde desta terça-feira (5). Ele tinha 92 anos incompletos (nasceu em 19/04/1930) e morreu devido a problemas de saúde.
O corpo será velado no Velório Municipal.
O horário do sepultamento ainda não foi definido pela família.
HISTÓRIA DE VIDA
Reginaldo Santos Gonçalves é o quinto filho do casal Domingos Moreira Gonçalves e Ernestina Pereira dos Santos, nascido em 19 de abril de 1930 na cidade mineira de Prata.
Conta Reginaldo que a mudança para o município de Santa Vitória ocorreu em meados de 1938. Na época, a família veio morar na região do Córrego do Bálsamo.
“Primeiro, veio um carro de boi conduzindo a mudança e, dois dias depois, veio o papai e a mamãe com os filhos, a cavalo”, recordou ele.
Desde que aqui chegou, no auge de seus oito anos, o garoto Reginaldo ajudava o pai na lida com a fazenda. “Eu fazia de tudo, tirava leite, apartava vaca e ajudava a plantar roça”.
Na época, o acesso à escola era muito difícil, mas uma tia (Iracema) tratou de lhe ensinar as primeiras palavras.
Depois, teve como professora uma senhora por nome Corina. A escola funcionava ali mesmo, na fazenda, e atendia a criançada das imediações.
Anos mais tarde, já rapaz, conheceu a jovem Maria de Queiroz Santos, com quem se casou em 20 de março de 1953, sob as bênção de padre Geraldo Nunes Costa.
Desta união, nasceram nove filhos: Renan, Edite, Janete, Joel, Pedro Ênio, João Batista, Rouney, Sidney e Inez. Dos filhos, vieram 20 netos e 17 bisnetos.
Logo que se casou, Seu Reginaldo foi morar na região do Córrego da Escondida, às margens do Rio Tijuco.
Nesta fazenda, tratou de formar pasto, e logo passou a criar gado de corte e de leite. Tinha lavouras também, mas não eram tocadas por ele.
“Eu cedia parte das terras para que outras pessoas plantassem, apenas tinham o trabalho de limpar e cultivar, e nunca cobrei nada pelo uso da terra plantada”, enfatizou Reginaldo.
No período em que cuidou da propriedade da família, vários agregados residiram na fazenda, e Seu Reginaldo procurou ajudar a todos eles.
“Muitos chegavam bem pobrezinhos em minha fazenda, e quando decidiam sair, saíam em boas condições de vida”.
Ao final da década de 1990, já cansado e com a idade avançada, Seu Reginaldo decidiu dividir as terras da propriedade com seus nove filhos, tudo em consenso com a esposa Maria Queiroz.
Desde então, passou a fixar mais na cidade, em sua residência na Avenida Acre, onde viveu seus últimos dias.

