VLI se mostra interessada no novo trecho ferroviário entre Uberlândia e Chaveslândia

Com informações Jornal da Manhã 

VLI manifestou interesse em implantar novo trecho ferroviário para transporte de cargas entre Uberlândia e Chaveslândia, no Triângulo Mineiro. A revelação foi feita pelo gerente-geral de Relações Institucionais da empresa, José Geraldo Azevedo, em audiência pública, ontem, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Na reunião com parlamentares, o dirigente da VLI posicionou que o potencial de carga no trecho do Triângulo Mineiro a partir de Uberlândia foi identificado no Plano Estratégico Ferroviário e a empresa já manifestou interesse na implantação do segmento. Entretanto, ainda não há previsão para início de obras.

“Precisamos agora desenvolver estudos de viabilidade financeira e de engenharia para dar prosseguimento ao projeto”, esclareceu. 

A proposta inicial é que o ramal de carga entre Uberlândia e Chaveslândia tenha 235 quilômetros de extensão, com investimento previsto de R$2,7 bilhões. O segmento faz parte do Plano Estratégico Ferroviário de Minas Gerais, entregue em julho ao governo federal para impulsionar investimentos da iniciativa privada na construção ou requalificação de ferrovias no Estado. As autorizações para explorar os trechos têm como base o novo Marco Legal das Ferrovias.

O plano também inclui dez rotas de trens regionais de passageiros elegíveis para serem implantados no território mineiro. Uma das propostas atenderia o município de Uberaba, com um percurso de 503 km de extensão, passando por oito estações: Uberlândia, Uberaba, Nova Ponte, Santa Juliana, Araxá, Ibiá e Campos Altos. Até o momento, não houve posicionamento sobre o projeto referente aos trens de passageiros.

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Proposta. A reunião na Assembleia Legislativa foi realizada pela Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Casa. A viabilização de um terminal de cargas em Ibiá (Alto Paranaíba) foi outro assunto abordado no encontro ontem entre parlamentares e empresários.

Médico e produtor rural na cidade, Lincoln Lopes Ferreira fez uma apresentação em que demonstrou o potencial da região de Ibiá. Ele salientou que o Alto Paranaíba tem 1.056.538 de área cultivada, tendo mais de três milhões de toneladas de média anual de produção agrícola.

 Além disso, o produtor enfatizou a produção anual de fertilizantes na região em 880 mil toneladas e destacou o potencial no setor de mineração. “Temos fosfato em Araxá, Tapira, Patrocínio e Serra do Salitre. Temos também a maior mina de nióbio do mundo, situada em Araxá. Além disso, o pó de rocha em Uberlândia, Tiros, São Gotardo, Coromandel e Uberaba”, manifestou. 

Lincoln Lopes explicou que o terminal intermodal diretamente conectado por uma rodovia ou ferrovia a um porto marítimo operaria também como um centro de transbordo de carga vinda do mar para destinos interiores. Para dar encaminhamento à demanda, ele solicitou a destinação de verbas para a contratação de estudos de Viabilidade Mercadológica, Técnica e Econômico-financeira do referido terminal.

Presente à audiência, a superintendente de Transporte Ferroviário da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Vânia Silveira de Pádua Cardoso, revelou que o governo deve contratar, ainda neste ano, empresa para a elaboração dos estudos de viabilidade para a implantação do terminal em Ibiá. 

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