Condutor de lancha em que Taynara morreu após cair na Represa de Miranda em Uberlândia é indiciado

Com informações G1 Triângulo e Alto Paranaíba

O condutor da lancha na qual estava Taynara Layla Gonçalves Barbosa, de 21 anos, será indiciado por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – além de fraude processual coação no curso do processo, de acordo com o inquérito concluído pela Polícia Civil de Uberlândia sobre o ocorrido no último mês.

A jovem morreu afogada após cair da embarcação, no dia 12 de junho, na Represa de Miranda. Conforme a Polícia Civil, foi concluído que a lancha estava acima da capacidade de pessoas permitidas e que o caso se tratou de um acidente que poderia ter sido evitado pelo condutor. O inquérito foi concluído nesta terça-feira (6).

“A lancha estava com excesso de passageiros, houve um acidente e uma moça morreu afogada. Nós conseguimos apurar que o que ocorreu foi um infeliz acidente, que poderia ter sido evitado se o condutor da lancha tivesse tomado cuidados básicos. A investigação apurou as circunstâncias desse acidente e como a moça veio a falecer”, explicou o delegado regional Marcos Tadeu.

Ainda de acordo com Marcos Tadeu, o condutor, no papel de comandante da embarcação tinha o “dever legal de evitar o acidente”, já que não houveram os cuidados necessários.

“Ele devia [evitar], porque, era o responsável pela embarcação e podia, pois, permitiu o consumo de bebidas alcoólicas, navegava a noite, não mostrou aos ocupantes da embarcação onde haviam coletes salva-vidas e não os orientou para utilizar tal equipamento, que é de uso obrigatório nas embarcações”, detalhou.

O delegado Luiz Fernando Lançoni, responsável pelo inquérito explicou que a embarcação dava “trancos” quando ia começar a se mover, o que causou a queda de Taynara. “Ela estava na traseira da lancha e quando ele engatou, com o tranco, ela se desequilibrou e caiu no rio”.

No dia 16 de junho, o G1 noticiou que a Polícia Civil já havia descartado a possibilidade de assassinato no caso.

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Acidente

Taynara desapareceu no dia 12 de junho, quando estava em uma lancha na Represa de Miranda, em Uberlândia. O corpo dela foi encontrado no dia 15 após quatro dias de buscas.

Em uma postagem nas redes sociais, a família da jovem lançou uma campanha pedindo “respostas” pelo desaparecimento de Taynara. A mensagem falava sobre divergências das versões das testemunhas.

Segundo os bombeiros, as informações repassadas pelas pessoas que estavam na embarcação estavam “desencontradas”, o que dificultou as buscas. Ela foi sepultada no dia 16 de junho na cidade de Iturama.

“A saudade de quem se foi sempre é uma das provas mais difíceis da vida. Só o tempo pode amenizar a dor, mas nunca até o fim”, foi a mensagem postada pela família no perfil da jovem.

Ocorrência

Na ocorrência registrada no dia 12, o condutor da lancha foi classificado como um jovem de 27 anos. As testemunhas que estavam no local também disseram que não chegaram a ver Taynara caindo na represa, apenas que ouviram uma “movimentação” e a viram na água.

Uma outra pessoa ainda chegou a cair junto com ela, mas conseguiu ser resgatada no local.

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