Minas deve permitir retorno às aulas presenciais em regiões na Onda Vermelha

Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) deu parecer favorável à volta presencial em todos os níveis educacionais nas regiões que estão na Onda Vermelha. Isso ainda será avaliado pelo Comitê Extraordinário Covid-19

Com informações O Tempo 

O Governo de Minas poderá anunciar um retorno às aulas presenciais em regiões que estão na Onda Vermelha o Estado na semana que vem. Durante reunião na manhã desta sexta-feira (25), o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) de Minas Gerais deu parecer favorável para o retorno dos alunos às escolas, em todos os níveis educacionais, mesmo em regiões que ainda estão com indicadores desfavoráveis em relação à Covid.

Mas esse assunto só deverá ser definido na próxima semana, quando o assunto for deliberado em reunião do Comitê Extraordinário Covid-19. Essa permissão seria para todas as escolas, sejam municipais, estaduais e privadas. Ainda não está claro se os municípios continuariam tendo a decisão final sobre a liberação das aulas presenciais em âmbito local.PUBLICIDADE

O Coes não aprovou o retorno nas macrorregiões que se encontram na classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável. Dessa forma, as macrorregiões Centro-Sul, Leste do Sul, Nordeste, Oeste e Sul não poderiam ter aulas presenciais retomadas.

HOJE SÓ DUAS REGIÕES ESTÃO APTAS

Por enquanto, as aulas presenciais só são liberadas para as regiões que estão na Onda Amarela. Neste momento, apenas duas macrorregiões estão nesta onda intermediária: Vale do Aço e Sudeste. As outras 12 áreas estão na Onda Vermelha, incluindo a região Centro, onde está localizada a Grande BH.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) informou que vai aguardar a publicação oficial de nova deliberação, após votação pelo Comitê Extraordinário Covid-19, para dar as devidas orientações às unidades de ensino da rede estadual.

De acordo com o Governo de Minas, alguns indicadores fornecem subsídios para a decisão de retomada. Comparada com outras faixas etárias, a de 0 a 18 anos é uma das menos atingidas por casos de covid-19 em Minas Gerais. Apenas 7,4% dos casos confirmados e 0,2% dos óbitos estão neste grupo. Ao longo da pandemia, apenas 2,7% das crianças e jovens necessitaram de internação e a letalidade é de 0,18%.

Houve ainda redução de 13% nas solicitações gerais para internação nas últimas quatro semanas. Além disso, a taxa de incidência da doença caiu 3% nos últimos 14 dias e 14% nos últimos sete dias.

Caso haja um recrudescimento da epidemia e um aumento nos indicadores e o Estado precise voltar para a Onda Roxa (a mais restritiva de todas), as aulas presenciais serão suspensas.

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APROVADO PELA JUSTIÇA

O Governo de Minas recebeu, no dia 11 de junho, a autorização do Tribunal de Justiça (TJMG) para a retomada das atividades escolares presenciais a partir do dia 21 de junho. Inicialmente, a permissão foi dada para municípios que são enquadrados nas ondas Amarela e Verde.

Um protocolo sanitário foi realizado para uma volta às aulas segura, assinado pelas secretarias estaduais de Saúde e Educação, em parceria com a Sociedade Mineira de Pediatria e a Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil.

Entre as ações primordiais repassadas às escolas pelo protocolo estão:

– Uso universal e correto de máscaras cobrindo boca e nariz;

– Distanciamento físico de no mínimo 1,5 metros entre pessoas;

– Lavagem das mãos e etiqueta respiratória;

– Limpeza e manutenção frequente das instalações;

– Rastreamento de contato em combinação com isolamento e quarentena.

Belo Horizonte não segue o programa Minas Consciente e tem um planejamento próprio de retomada das aulas. Por enquanto, as escolas privadas têm a permissão de funcionamento, com capacidade limitada, para os ensinos infantil e fundamental.

Na rede municipal, as escolas infantis estão abertas desde maio. O retorno até 5º ano do ensino fundamental vai acontecer a partir de 5 de julho e, até o 9º ano, a partir de 5 de agosto.

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