Hoje, 6 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Matemática

Com informações Brasil Escola

Dia da Matemática é uma data há tempos comemorada informalmente pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Essa comemoração é feita a cada 6 de maio como uma homenagem ao matemático, escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan.

Apenas em 26 de junho de 2013 a Presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a lei n° 12.835, que instituiu, oficialmente, o Dia Nacional da Matemática, que deve ser comemorado anualmente em todo o território nacional em 6 de maio.

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Por que o Dia da Nacional da Matemática é comemorado em 6 de maio?

Mas o que levou à escolha dessa data? Essa pergunta é facilmente respondida ao conhecermos a história de Malba Tahan. Nascido em 6 de maio de 1895, no Rio de Janeiro, Júlio César de Mello e Souza (Malba Tahan) começou a lecionar aos 18 anos. Formou-se, posteriormente, em Engenharia Civil, mas nunca exerceu essa profissão. Muito apaixonado pela matemática e pela escrita, Júlio, que gostava de contar histórias, começou a envolver a matemática em seus enredos.

Em 1918, levou cinco de seus contos a um jornal carioca, no qual chegou a trabalhar. Como não houve qualquer interesse em suas produções, assinou os contos como R. S. Slade, um pseudônimo para um fictício autor americano. Apenas após essa nova autoria, ele pôde ver um de seus contos publicado no jornal.

Como Júlio era admirador da cultura árabe, passou a incluí-la em suas produções e chegou até mesmo a assinar suas obras como Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan,um árabe. Para dar credibilidade ao seu pseudônimo, ele escreveu uma falsa biografia em que atestava que Malba Tahan era um admirável escritor e tinha uma grande história de vida. Após ter diversos contos publicados com esse pseudônimo, ele conseguiu lançar, em 1925, seu primeiro livro matemático: Contos de Malba Tahan.

“Malba Tahan” era o pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza.
“Malba Tahan” era o pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza.

A fama alcançada por suas revolucionárias produções permitiu que Júlio César se tornasse conhecido como o verdadeiro autor do livro no ano de 1933. Todavia, como o pseudônimo tornou-se maior, ele nunca deixou de assinar o nome árabe e recebeu até mesmo uma autorização de Getúlio Vargas para que constasse ao lado de seu nome, em sua carteira de identidade, o pseudônimo “Malba Tahan”.

Ao longo de seus 79 anos, Malba Tahan publicou 120 livros, sendo 51 voltados à Matemática. Nessas obras, conseguiu repassar o conteúdo matemático em uma esfera envolvente que apresentava enigmas e fantasias, o que se tornava uma aventura divertida e empolgante. Por essa diferenciada forma de escrever, até a data de seu falecimento, ele já havia vendido mais de um milhão de livros. Seu livro mais famoso, “O homem que calculava”, tornou-se um bestseller que até hoje atrai as novas gerações.

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