Zema discorda de Bolsonaro e diz que manterá orientações de autoridades de saúde

Governador participou nesta manhã de videoconferência com o presidente e demais governadores do Sudeste

Com informações O Tempo

Em discordância do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite dessa terça-feira (24), em que pediu o fim do isolamento mesmo em meio à pandemia da Covid-19, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou que estão sendo adotadas no Estado as melhores práticas “recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já adotadas em países desenvolvidos” de prevenção e combate à doença. 

Zema participou, na manhã desta quarta-feira (25), de uma videoconferência com o Bolsonaro e os governadores do Sudeste do país para “discussões e alinhamento das ações de enfrentamento contra o coronavírus no Brasil”. Logo após o encontro, pelas redes sociais, o chefe da administração estadual divulgou um vídeo em que faz um balanço sobre o encontro.

Mesmo dizendo que iria seguir as medidas da OMS, logo em seguida  Zema preferiu baixar o tom para não enfrentar diretamente o Palácio do Planato e disse que, em primeiro lugar, o Estado luta pela preservação de vidas, mas compartilha da preocupação do presidente Jair Bolsonaro com a questão econômica. 

“E muito provavelmente o Ministério da Economia deverá propor algumas medidas visando preservar os empregados e também os empregadores, inclusive mencionei isso com o ministro Paulo Guedes. É importantíssimo nós termos algumas medidas nesse sentido”, garantiu o governador.

O chefe do Executivo afirmou ainda que levou para a reunião os pleitos do Estado, que está sendo fortemente impactado com a crise e que com a persistência dessa atual situação vai enfrentar uma queda na arrecadação de ICMS da ordem de R$ 7,5 bilhões: “Isso seria catastrófico para o nosso Estado. Corresponde a duas folhas de pagamento que o governo arca mensalmente”.

Diante disso, o governador pediu para que o Planalto tente antecipar os recursos da Lei Kandir e faça uma articulação para que o Congresso Nacional aprove o quanto antes o Plano Mansueto. 

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