Em Goiás, MP denuncia mais de 30 pessoas por falsificação de remédios para emagrecer

Grupo criminoso foi descoberto em Operação Dieta Sadia, com ação conjunta da PC, Gaeco e MP-GO.

Sede do Ministério Público de Goiás: nove candidatos disputam a lista tríplice | Foto: Divulgação

Por Jornal Opção

A Operação Dieta Sadia, deflagrada no início de janeiro, no Sudoeste do Estado, revelou um esquema criminoso que fabricava, distribuía e revendia remédios falsificados para emagrecer sem autorização da Anvisa. A ação foi conjunta com a Polícia Civil e a Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Após a apuração, o Ministério Público do Estado de Goiás ofereceu denúncia contra 30 pessoas envolvidas.

Os crimes ocorreram de 2013 a 2016, nas cidades de Cachoeira Alta, Paranaiguara e São Simão. Zaidem Filho e Samuel do Carmo eram os líderes do esquema que envolvia diversos de seus familiares, donos de farmácias, um servidor público, um adolescente e policiais militares não identificados.

Os remédios eram fabricados à base de anfetamina, inibidora de apetite, sibutramina, e dos depressivos fluoxetina e diazepam, cujo uso é condicionado à prescrição médica, além de remédios para dor e estimulantes sexuais. Os lucros do negócio eram lavados por meio de empresas de fachada e operações de compra e venda de imóveis e veículos por laranjas.

Na fazenda de Cachoeira Alta, onde funcionavam os laboratórios clandestinos, foram apreendidos também diversas armas de fogo, algumas sem marca e numeração, dentre elas uma espingarda, revólveres e carabina, além de munições.

O grupo irá  responder por participação na organização criminosa; e pelo crime hediondo de falsificação, adulteração e venda de remédios destinados a fins terapêuticos ou medicinais sem registro no órgão de vigilância sanitária, sem características de identidade e qualidade para comercialização e de procedência ignorada, à exceção de Daniella Morais, que responderá pelo crime de falso testemunho. Ainda, entre os crimes que alguns irão responder, estão corrupção de menor, porte ilegal de arma, ocultação da natureza e origem de movimentação de propriedade de bens e valores provenientes de infração penal.

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