Cemig negocia reajuste nas contas de luz

No ano passado, alta na conta de luz foi de 23,19%

Representantes da Cemig e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se reunirão pela primeira vez no ano no dia 18 de abril para discutir possível reajuste na conta de luz. Documento com os dados operacionais e números da estatal foram encaminhados à agência reguladora na semana passada e a decisão será anunciada somente na segunda quinzena de maio, quando a nova tarifa será adotada a partir do dia 28. No ano passado, alta na conta de luz foi de 23,19%. Os percentuais de aumento variaram de 18,53%, para consumidores residenciais com baixa renda, a 35,56%, no caso das indústrias.
Uma série de fatores influencia na decisão sobre as tarifas. Entre eles está a conta CVA, que representa a diferença entre o valor gasto com a compra da energia e o arrecadado com a distribuição. Em dezembro, o valor foi de R$ 730 milhões – no ano passado, chegou a R$ 1,1 bilhão. Outro ponto levado em consideração é a chamada “perda não técnica”, especialmente com os chamados “gatos” – segundo dados divulgados pela Cemig, no último trimestre de 2018 a perda com ligações ilegais chegou a R$ 92 milhões. Embora grande parte da perda seja vinculada a fraude, há ainda um índice pequeno causado por defeitos no medidor.


Em contrapartida, a Cemig anunciou ontem um lucro líquido de R$ 1,7 bilhão em 2018 – valor 70% superior ao ano anterior. Somente entre outubro e dezembro o número bateu a casa de R$ 1 bilhão. Entre os fatores que culminaram no resultado positivo estão o aumento na eficiência operacional, redução no custo da dívida e venda da rede de telecomunicações nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que gerou para os cofres da Cemig R$ 654 milhões dentro do plano de desinvestimento. Além disso, a folha de pagamento teve uma redução de 13%, sendo parte desse montante referente à adesão de cerca de 500 funcionários ao programa de demissão voluntária da estatal.
Em relação à dívida da empresa, hoje estimada em R$ 13,1 bilhões, a Cemig conseguiu renegociar e alargar o prazo para uma média de 4,1 anos – o prazo médio era de 2,2 anos.

Fonte: Estado de Minas

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