Agente penitenciário de Uberlândia, que atuava em Santa Vitória, é preso em operação da Polícia Federal

A Polícia Federal realizou na terça-feira (2), a Operação Terra Fértil, que visa descapitalizar patrimonialmente e desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de drogas.

Uma das prisões ocorreu em Santa Vitória, de um agente penitenciário- oriundo de Uberlândia- que atuava no presídio local.

A ação contou com cerca de 280 policiais federais, que cumpriram nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas. A estimativa é de que o montante dos valores ilegalmente movimentados passa de R$ 5 bilhões em cinco anos.

A ação aconteceu simultaneamente nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás. As investigações revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e grande quantidade de indivíduos interligados, alguns deles envolvidos com uma facção criminosa.

Nesta rede, foram identificados um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas associadas a ele, que cometeram diversos crimes e agiam para ocultar e dissimular o patrimônio proveniente deles. O narcotraficante havia sido investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, incluindo remessas para cartéis mexicanos.

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Empresas de fachada

Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e, por meio dessas empresas, adquiriam imóveis e veículos de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social. Os sócios geralmente não possuíam vínculos empregatícios e alguns chegaram a receber auxílio emergencial.

Criptomoedas

A PF também descobriu que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.

Com informações da Polícia Federal

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