Mudanças climáticas e greening: safra da laranja em MG e SP deve ser a pior em mais de 30 anos

Com informações Agência Minas

Responsável por 75% do comércio internacional de suco de laranja no mundo, o Brasil tem um cenário turbulento pela frente na produção de frutas cítricas. De acordo com dados divulgados neste mês pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a safra de laranja 2024/25 no cinturão citrícola, formado pelo interior de São Paulo e pelo Triângulo/Sudoeste mineiro, deverá ser a pior em mais de três décadas. As condições climáticas e o greening, doença causada por uma bactéria, foram apontados como principais fatores para essa perspectiva pessimista. 

Em 2023, o estoque de suco de laranja do país atingiu o segundo menor volume dos últimos 13 anos. As indústrias brasileiras tinham, em 31 de dezembro, 463.940 toneladas de suco estocadas, ligeiramente superior às 434.943 toneladas de 2022, total insuficiente para acalmar um mercado que tem sentido os efeitos dos problemas climáticos e de pragas em seus pomares de laranja.

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Força-tarefa

Como forma de tentar amenizar os danos causados pelo greening, o poder público e a iniciativa privada investem em ações para auxiliar os produtores. O IMA, que monitora os dados sobre a praga no estado, afirma que aproximadamente 880 citricultores enviaram o relatório informando sobre seus pomares em julho de 2023. 

A Emater-MG também realiza capacitações de seus técnicos para prevenção e controle do greening nas lavouras do estado. Os cursos já aconteceram em Lavras e Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, e em Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ainda serão promovidos encontros para os técnicos da Zona da Mata e Campo das Vertentes.

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