Há 5 anos era registrado o primeiro caso de Covid-19 em Santa Vitória

Com informações SES/MG e O Tempo

Há cinco anos, em 21 de maio de 2020, a Secretaria Municipal de Saúde confirmava o primeiro caso confirmado de Covid-19 em Santa Vitória, sendo um morador do distrito de Chaveslândia.

Desde então, os registros de casos da doença escalonaram de forma exponencial.

Na época, a Secretaria de Saúde de Santa Vitória reforçou incessantemente para que as pessoas continuem se cuidando, mantendo a boa higiene, utilizando máscaras ao saírem de casa e cumprindo o distanciamento social – evitando locais com aglomeração de pessoas. 

Destaca-se ainda a adoção de medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19 em Santa Vitória, tais como a suspensão das aulas em toda a rede municipal de ensino, suspensão de eventos públicos, decretos de flexibilização das atividades comerciais, etc.

Números do Boletim Epidemiológico Coronavírus, de 31 de outubro de 2023, da Secretaria de Estado de Minas Gerais, apresentam Santa Vitória com 8.719 casos e 76 óbitos.

——-CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE——

As marcas da Covid-19

 A Covid-19 causou transformações profundas na saúde da população, deixando marcas ainda sentidas por quem já experimentou a doença. A pesquisa “Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil”, apresentada pelo Ministério da Saúde, revela, por exemplo, que 18,9% das pessoas que tiveram Covid-19 ainda relatam sintomas persistentes da doença, como ansiedade, cansaço, dificuldade de concentração e perda de memória. Mais de 60 milhões de pessoas, cerca de 28,4% da população brasileira, relataram infecção por Covid-19 de acordo com a mesma pesquisa.

Esses sintomas estão relacionados ao que os especialistas chamam de Covid Longa, ou síndrome pós-Covid – uma condição crônica associada à infecção (CCAI), que pode se desenvolver após uma infecção por SARS-CoV-2, podendo durar de três meses até anos. A síndrome pós-Covid pode envolver um ou vários sintomas, que podem variar ao longo do tempo. Os pacientes também podem apresentar danos em órgãos. As condições também podem afetar outros sistemas como cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, mental, musculoesquelético e geniturinário.

——-CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE——

Herança “positiva” da pandemia

A saúde no Brasil também foi impactada no sentido do comportamento humano. De acordo com o infectologista Unaí Tupinambás, o uso da máscara, por exemplo, foi uma das – de certa forma – boas heranças deixadas após a crise. Segundo ele, trabalhadores da área da saúde estão mais atentos ao uso do acessório, e muitos pacientes, até mesmo os assintomáticos, colocam a máscara quando precisam ir aos centros de saúde.

“Além disso, passamos a prestar mais atenção às outras doenças. Eu acho que a gente desprezava um pouco as infecções das vias aéreas. Mas, a própria gripe, que é vista como algo corriqueiro, também pode levar a alguns quadros mais graves, principalmente em populações mais vulneráveis”, diz.

Tupinambás também aponta que a crise serviu para que boa parte da população valorizasse mais o papel do Sistema Único de Saúde (SUS), que foi essencial, por exemplo, no processo de vacinação. Temos que ter orgulho e cobrar das autoridades para termos um SUS cada vez mais bem estruturado, para que ele seja ainda melhor do que já é.”

A vacina, inclusive, é mais um legado da pandemia. Os imunizantes contra a Covid-19, que começaram a ser oferecidos à população de forma escalonada e por ordem de prioridade, hoje já faz parte do calendário nacional, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *