Mãe e bebê escapam da morte após arma falhar 3 vezes em MG, constata polícia

Com informações G1 Triângulo

Uma jovem de 24 anos sobreviveu depois que o companheiro tentou atirar contra a cabeça dela e a arma falhar, impossibilitando os disparos. A tentativa de feminicídio ocorreu na tarde de quinta-feira (13), na casa do casal em Patos de Minas, no Alto Paranaíba.

Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima contou que estava no quarto amamentando o bebê recém-nascido, quando o companheiro entrou e iniciou a discussão. O casal havia se separado por um período e reatou o relacionamento há três meses.

O rapaz, de 23 anos, dizia que não aceitaria vê-la com outra pessoa e fazia ameaças. Até que, no momento que ela tentou pegar o telefone para chamar a polícia, o agressor sacou a arma e apontou para a cabeça da vítima.

mulher ainda relatou aos militares que ele apertou o gatilho três vezes, mas nenhuma bala saiu do revólver.

Ainda conforme o relato, a jovem conseguiu dar um tapa na arma e o filho mais velho, de nove anos, puxou a camisa do agressor na tentativa de proteger a mãe.

Neste momento, o rapaz saiu do quarto e a jovem conseguiu trancar a porta e ligar para a sogra para relatar o ocorrido.

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Polícia confirma que arma falhou

Ao chegarem à casa, os policiais encontraram a vítima com o recém-nascido no colo e o suspeito dentro do carro. Ele foi abordado, mas negou as ameaças e a posse de arma de fogo.

Cão farejador encontrou arma em lote próximo à casa do casal — Foto: Rondas Ostensivas com Cães (ROCCA)/Divulgação
Cão farejador encontrou arma em lote próximo à casa do casal — Foto: Rondas Ostensivas com Cães (ROCCA)/Divulgação

Com o apoio de cães farejadores, a polícia localizou o revólver escondido em um lote vago próximo à residência.

De acordo com a PM, o revólver estava com uma “munição picotada”, que ocorre quando uma pessoa tenta atirar, mas a arma falha ou a munição não funciona corretamente. Em laudos periciais, essa condição pode comprovar que houve a intenção de disparar para matar a vítima.

Os PMs também encontraram na casa uma balança de precisão com resíduos de maconha. O rapaz foi preso e encaminhado à Delegacia da Polícia Civil (PC) junto ao material apreendido.

A vítima demonstrou interesse em requerer medidas protetivas e foi orientada pela polícia. O caso será investigado pela PC.

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Feminicídio agora é crime hediondo

Foi sancionada no ano passado a lei que aumenta a pena para o crime de feminicídio, isto é, o assassinato motivado pelo fato de a vítima ser mulher.

Desde então, a pena para esse tipo de crime, anteriormente estabelecida de 12 a 30 anos, passa a ser de 20 a 40 anos de prisão.

Além disso, o texto:

  • torna o feminicídio um crime hediondo;
  • estabelece que o processo judicial deve tramitar com prioridade;
  • define pena de 5 anos em caso de violência doméstica;
  • aumenta a pena em 1/3 se houver descumprimento de medida protetiva.

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