Operação Águia: Gaeco combate corrupção policial e lavagem de dinheiro em MG e PR

Com informações G1 Triângulo

Foi deflagrada, na manhã desta sexta-feira (7), a “Operação Águia”, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que visa combater uma quadrilha envolvida com a prática de exploração de jogos de azar, corrupção policial e lavagem de dinheiro na cidade de Uberlândia e região.

Entre os principais investigados estão dois policiais penais e um policial militar de reserva, além de empresários envolvidos em um esquema exploração de jogos de azar. Além do Gaeco, também atuam na operação as polícias Militar, Penal e Civil.

Foram cumpridos 32 mandados de busca e preensão, bem como 13 mandados de prisão preventiva, além de dois afastamentos cautelares do exercício de seus cargos públicos junto às forças de segurança pública de Minas Gerais.

“Essa atuação, com a prisão de agentes públicos, nada mais é que uma prova de que as forças de segurança não coadunam com desvios de conduta e crimes dentro da instituição.”

“A gente corta na carne, mostramos que a imparcialidade, a lisura e a honradez que nós temos como obrigação”, disse o Major Luciano Parreira, comandante da 9ª Companhia Independente de Policiamento Especializado.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a operação conjunta conta com a efetiva participação de 100 agentes públicos, entre membros do Ministério Público e integrantes das forças de segurança pública, acontecendo nas cidades de Uberlândia e Maringá.

“Águia”

O nome da operação se deve ao símbolo usado pelo grupo criminoso investigado, ou seja, uma águia, haja vista que era impresso nos comprovantes de apostas do jogo do bicho nas “lojas” por eles exploradas.

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Operação Águia: desdobramento do jogo do bicho

De acordo com o MPMG, o grupo é liderado por herdeiros de um antigo contraventor da cidade de Uberlândia. A instituição possui um modelo de divisão de tarefas e operacional, tendo se estruturado para explorar o jogo do bicho em parte territorial da cidade, assim como lavar o dinheiro angariado de fontes ilícitas por meio de “empresas de fachada”.

“Hoje, temos jogos do bicho feitos eletronicamente e, com uso da internet, foi se expandindo. Da mesma forma que o crime de expandiu, as forças de segurança também aprimoraram ser modo de agir”, disse o Delegado-chefe Marcos Tadeu de Brito.

Na primeira fase da operação, em abril de 2023, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, sendo dois deles contra policiais penais de Uberlândia. Foi decretada, ainda, a indisponibilidade de bens e valores do patrimônio de seis investigados, no intuito de garantir o valor de R$ 36 milhões.

*Reportagem em atualização.

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