Contador é preso em Ituiutaba por envolvimento com quadrilha de tráfico de drogas que movimentou R$ 150 milhões

Com informações G1

Um contador foi preso em Ituiutaba na quinta-feira (30) por auxiliar uma quadrilha que movimentou cerca de R$ 150 milhões no tráfico interestadual de drogas. Segundo a Polícia Federal, o homem “auxiliava a organização criminosa na constituição de empresas de fachada para lavagem de dinheiro do tráfico, além de ter facilitado a utilização de contas bancárias de terceiros para transferência de valores de origem ilícita”.

O contador foi investigado e preso pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), durante a segunda fase da operação “Anthill”. A ação foi deflagrada inicialmente em 19 de novembro de 2024 para desarticular a quadrilha, e cumpriu 31 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de busca e apreensão e o bloqueio de R$ 150 milhões.

Além da participação do homem nas ações da organização criminosa, ele também tentou obstruir as investigações. De acordo com a PF, o contador ofereceu R$ 25 mil para outro investigado na operação, para que não falasse sobre a participação dele na quadrilha.

O homem foi levado para a unidade prisional de Uberlândia, onde permanece à disposição da Justiça.

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Primeira fase

A operação “Anthill” contou com ações em Uberlândia, Ituiutaba e Patrocínio, além dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. O grupo investigado era responsável pela aquisição e transporte de grande quantidade de drogas do Mato Grosso do Sul para o Triângulo Mineiro.

Durante as investigações foram apreendidos cerca de 540 quilos de cocaína vinculados à quadrilha e 37 pessoas foram presas, sendo 9 em flagrante.

“As investigações começaram em março de 2023 depois de recebermos informações de que um grupo estava adquirindo entorpecentes no Mato Grosso do Sul e trazendo para a região em compartimentos ocultos de veículos. Em maio do ano passado também realizamos uma apreensão de cocaína em Ituiutaba que permitiu que aprofundássemos no caso e identificamos alguns envolvidos. Eram 40 quilos de entorpecentes movimentados semanalmente.”, contou o delegado da Polícia Civil, Raphael Herrera.

O nome da operação “Anthill”, cuja tradução é formigueiro, em português, faz alusão à estrutura da organização criminosa que funcionava como uma rede complexa, hierarquizada e com divisão de tarefas, similar ao funcionamento de uma toca de formigas.

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