Há 65 anos, Pedrão chegava a Santa Vitória
Em 1959, o jovem Pedro Pereira de Araújo saiu de casa com destino à cidade de Santos (SP). Porém, naquela ocasião, só havia passagens para o estado de Minas Gerais, e quis o destino que viesse parar em Santa Vitória.
A viagem na época foi num caminhão pau-de-arara, e durou cerca de vinte dias. A chegada em Santa Vitória se deu em 12 de março de 1959, em baixo de muita chuva e um tremendo atoleiro nas estradas.
Aqui, chegando, arrumou um emprego na Fazenda Escondida, de propriedade de Sebastião Bonito, onde fazia serviços de tratorista, lavrador e lida com gado.
Nesse meio tempo, como gostava de futebol, atuando pelo time da região da Escondida, que sempre enfrentava a equipe da região do Corguinho, ganhou o apelido Pedrão.
Em 1960, justamente atuando pelas fazendas da região, foi sondado pelo time do Vitória Esporte Clube, onde jogou na lateral direita.
Pouco depois de três anos trabalhando na Fazenda Escondida, Pedrão foi morar em Ipiaçu, também para trabalhar como tratorista.
Lá, residindo, passou a jogar pelo time da Gameleira. Aliás, no dia em que enfrentou o time do VEC, foi convidado pelo presidente Dionísio de Souza Santos a retornar para Santa Vitória, e novamente atuar pelo time do Vitória. Para assegurar sua vinda, a diretoria lhe arrumaria um emprego.
Assim, três dias depois, retornou à Santa Vitória, onde começou a trabalhar na máquina de beneficiamento de arroz dos senhores Fiúco e Amador José dos Santos. Neste emprego, atuou por oito anos. Depois, trabalhou para o senhor Guilherme Gonçalves dos Santos, por dois anos, e por 14 anos para o empresário Aramis Cabral de Lima.
No time do Vitória, Pedrão atuou até o ano de 1968, quando machucou o joelho. Depois disso, teve passagens pelo comando técnico do time.
—–CONTINUA APÓS A POUBLICIDADE—-
Em dezembro de 2005, depois de trabalhar por quatro anos como guarda-noturno da Rádio Som 2000, Pedrão se aposentou.
Hoje, com 86 anos de idade, o macaibense Pedrão afirma que valeu todo o sacrifício para permanecer aqui. Aliás, já são 65 anos de residência no Município.
“Santa Vitória é um bom lugar pra gente morar. Aqui, estamos no céu!”.
Pedrão é casado com Jerônima Rita de Araújo, a Nem, e é pai de três filhos: Vicente Júnior (Pedrãozinho), Vânia e Vilma.