Há 70 anos nascia o lendário Capop

Se estivesse vivo, o topógrafo Edvaldo Pinheiro Alves, o Capop, completaria 70 anos de idade nesta quarta-feira, dia 7 de fevereiro.

Nascido em Riacho dos Machados (MG), em 1954, o jovem Capop mudou-se no ano de 1968 para a cidade mineira de Montes Claros, onde foi fazer o curso de Mestre Agrícola. Depois, mudou-se para Januária (MG), onde fez o curso Técnico em Agropecuária pela Escola Federal de Agropecuária de Januária, onde se formou em 1974.

O apelido Capop

Justamente nesta época, ganhou o apelido Capop. O fato é que Edvaldo tinha um hábito despojado de se vestir, além de expor suas idéias revolucionárias. Às vezes, era repreendido pelos colegas, no que ele respondia: – To “cagando” e andando para a opinião pública.Certo dia, ao dar a mesma resposta numa roda de amigos, uma colega contou nos dedos as iniciais de cada palavra da frase “Cagando e Andando Para a Opinião Pública”, e disse:- Isso dá em Capop.

Prontamente, o estudante Edvaldo gostou da ideia. Inclusive, passou a assinar suas obras de artesanato com o pseudônimo Capop.

A vinda para Santa Vitória

No ano de 1977, depois de trabalhar em Belo Horizonte, Várzea da Palma e Unaí, veio exercer a função na cidade de Santa Vitória, trabalhando na ACAR (atual Emater-MG).

Posteriormente, trabalhou na empresa ENGEPLAN, até que montou empreendimento próprio, denominado Capop Agrimensura e Topografia. A criação da empresa obteve êxito, gerando empregos e contribuindo para a formação de grandes profissionais.

Na época em que chegou a Santa Vitória, com seu jeito despojado de se vestir, usando botas coturno, longa cabeleira, bigodes largos ou de cavanhaque, era considerado “doido” pela comunidade. Aliás, para muitos, era um “macumbeiro”.

Paixão por carrões diferenciados

Também, naquela ocasião, possuía um MP-Lafer cor bronze, que chamava a atenção da população. Aliás, foi o primeiro morador de Santa Vitória a possuir um carro conversível na cidade. Anos mais tarde, no início da década de 1980, possuiu um Bugatti cor preta, com as insígnias John Player Special em tom dourado.

Depois, possuiu um Jeep Troller 4×4 na cor amarela, próprio para encarar qualquer tipo de terreno: lama, poeira, areia e trechos alagados ou íngremes.

Sobre seus veículos diferenciados, segundo Capop, algumas pessoas pensavam que ele possuá esse tipo de carro para se ostentar, mas, pelo contrário, dizia que, simplesmente, era paixão por veículos do gênero.

Gêneros musicais e participação na sociedade

O diferencial de Capop também era notado no estilo musical, pois, tinha como hobby curtir as canções de Raul Seixas, Alceu Valença, Zé Ramalho, Fagner e The Beatles.

Na condição de homem público, Capop é membro ativo da Loja Maçônica Vale da Alimentação nº 60.Como topógrafo, tem o seu trabalho registrado, praticamente, por todo o município, com várias medições.

Já na cidade, destaca-se a topografia da Igreja Nossa Senhora das Vitórias, o edifício do Fórum local e todos os loteamentos da expansão urbana. Diga-se de passagem, está em andamento em Santa Vitória a implantação de um grande empreendimento de sua responsabilidade, denominado Residencial Marlboro.

Família

Na vida pessoal, Capop foi casado com a psicóloga Daisy Aparecida Alves Franco, desde 1990, com teve um casal de filhos: Tauane Capop e Álique Capop.

Ainda, teve outro casal de filhos de seu primeiro casamento: Capop Torres Alves e Renata Torres Alves (falecida em 2013); e Thiago Kotinick, de outro relacionamento.

A saúde

Em 2011, Capop descobriu um sério problema de saúde, uma doença grave que mudou seu cotidiano.

Depois de anos de luta contra a doença, Capop morreu aos 65 anos, em setembro de 2019. Seu corpo foi sepultado na cidade de Santa Vitória.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *