Jovem acusada de matar o esposo se apresenta a Polícia em Frutal

Família da vítima contesta alegação de legítima defesa.

Com informações Samir Alouan

A jovem Graciele Aparecida da Silva, de 23 anos, se apresentou na manhã desta segunda-feira (9), junto a seu advogado Luiz Carlos Gracini Júnior, na Delegacia da Polícia Civil, em Frutal. Ela é a principal suspeita do assassinato de seu esposo Dyhonatam Feliciano de Oliveira, de 28 anos, ocorrido na madrugada de domingo (8).

Após prestar depoimento, a jovem foi encaminhada ao IML – Instituto Médico Legal – para fazer exame de corpo delito. Graciele, que segundo testemunhas, alegou ter agido em legítima defesa, não falou com a imprensa.

Procurado, o advogado Luiz Carlos Gracini informou que por enquanto a defesa não irá se manifestar.

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Dyhonatam Feliciano de Oliveira tinha 28 anos

Família contesta tese de legítima defesa

A família da vítima contesta as alegações feitas pela suspeita e levanta uma série de suspeitas quanto ao caso. A irmã de Dyhonatam – Amanda Feliciano de Oliveira – conta que foi acordada pelo proprietário do bar por volta de uma hora da manhã e foi levada para o hospital.

Na instituição, Graciele ligou no celular do esposo, que foi atendido por Amanda. A jovem teria dito que estava na casa de um parente e que Dyhonatam queria ir embora e que iniciaram uma discussão por causa do celular dela.

De acordo com Amanda, seu irmão estava todo sujo de terra, inclusive as unhas e a cabeça, o que indicaria que a briga não ocorreu dentro de um bar, mas sim na rua. O homem também estaria com hematomas nas costelas e barriga, o que dá a entender que teria levado chutes.

Outro aspecto apresentado por Amanda é que seu irmão estava com ferimentos em ambos os ombros, porém, não era profundos e não apresentava estilhaço de garrafa o que ela acredita que deveria existir, uma vez que falaram que o jovem foi acredito com uma garrafa.

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Ela acha estranho o fato de haver mais de uma perfuração o que pode contrariar a tese de legitima defesa, visto que após desferir o golpe no peito, Graciele poderia ter buscado socorro ao esposo.

Amanda comenta ainda que o casal tinha brigas constantes e que Graciele também o agredia fisicamente. “Ela também batia nele. Várias vezes, os familiares presenciaram ela o agredindo. Na casa da minha mãe, ela já chegou a pegar faca para ele”, afirma.

A irmã da vítima fala ainda, que quando estava no telefone, a cunhada disse que temia represália por parte da família, o que ela afirma que não iria acontecer. “Em momento algum, ninguém ameaçou ela. Ela estava com medo de ser presa pelo fato de ter atingido ele”, declara.

Amanda diz também que Graciele pego o cartão do marido, pois o homem receberia uma parcela do seguro desemprego na próxima quarta-feira. A irmã da vítima também esteve no local onde afirmaram que ocorreu a briga e não notou nenhum sangue ou garrafa quebrada que colaborasse com as declarações prestadas pela cunhada.

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