Como é o confinamento no MasterChef: participantes relatam saudade e amizades

Cozinheiros do MasterChef Brasil falam como se sentem após o tempo de confinamento desta 10ª temporada; confira as entrevistas exclusivas ao Band.com.br

Com informações Band UOL

Nem só do caos na cozinha vivem os participantes do MasterChef Brasil. Nos bastidores, eles têm rotinas de estudos e sentimentos despertados pelo confinamento durante as gravações do programa. Desde coisas boas, como novas amizades, até emoções mais negativas, como a saudade, surgem nesse período.  

Por isso, durante o período de gravações da 10ª temporada, perguntamos ao top 7 como eles se sentiram no confinamento. Confira as respostas de Ana CarolinaDielenEmanuelLumaJucy Wilton em entrevistas exclusivas ao Band.com.br.  PUBLICIDADE

Ana Carolina: saudade do filho é força no jogo 

Ana Carolina se emociona ao falar da saudade que sente do filho, Ravi. “Só de pensar eu já quero chorar”, diz a cozinheira. Ela conta que nunca ficou longe dele e que a distância está sendo difícil: “Eu ligo, mas não é a mesma coisa.” Toda noite, ela grava uma historinha e uma oração para seu filho ouvir e explica: “Dá uma segurança para ele”. 

Apesar da saudade, Ana Carolina se mostra focada no jogo. “Estou aqui por nós e para mudar a nossa vida. Eu acredito que vai valer muito a pena”, afirma. “Sinto que eu já cheguei tão longe, aguentei tantos dias aqui. Então agora que estou perto da final, preciso ser mais forte ainda.” 

O confinamento, de certa forma, ajudou Ana Carolina a focar no sonho de trabalhar com gastronomia. “Como eu sou mãe, nunca tive esse tempo para mim. Minha vida sempre foi muito corrida, então aqui estou muito focada”, desabafa. Ela também tem uma fortaleza, sua mãe: “Ela é uma mulher muito forte também, então quando eu estou fraquejando, eu já ligo para ela”. 

Danilo: após repescagem, o foco é no troféu 

Repescado da temporadaDaniloteve a oportunidade de rever a família ainda no início do jogo. Para ele, o momento foi importante para recarregar as energias e resolver questões pessoais, mas agora o foco é na competição. “Já estou com saudade de casa de novo, mas não quero ir agora não”, comenta o caminhoneiro.  

Todos os dias Danilo liga para os filhos, mas procura não pensar muito nos problemas externos. “Se eu pensar para fora agora, vai me atrapalhar de novo”, diz com determinação. Ele costuma estudar no hotel com livros que trouxe de casa, com receitas mais caseiras, mas busca inspirações na internet: “Gosto de ver a reprodução do trem ali e executar depois”. 

Após a eliminação de Leonardo, Danilo revela que ficou mais sozinho, o que não considera um incômodo. Para ele, o afastamento ajuda a não ter sofrimento na hora que alguém é eliminado. Mas isso não significa que não goste de seus adversários: “Eu quero levar a amizade de todos para fora”. 

Dielen: “Impossível não criar laços” 

Dielen, por outro lado, se apegou muito aos colegas que fez no MasterChef. “É impossível a gente não se relacionar e não criar laços”, comenta a pecuarista. Ela cita, entre as amizades que fez no programa, Emanuel e Seiji. Na eliminação de Seiji, inclusive, Dielen ficou visivelmente abalada.

Outro fator que tem pegado no emocional de Dielen é a saudade da família, sobretudo do pai. “Eu sou muito apegada ao meu pai”, revela. Ela também cita sua sobrinha, de quem é madrinha, que nasceu durante o confinamento: “Nasceu prematura a bichinha, e eu nem estava lá para ver”. 

Em seus estudos, Dielen prefere ver e assistir materiais do que ler. “Eu sou muito visual. Eu tenho uma ideia, vou para a internet e pesquiso”, descreve. Tudo isso ao som de um bom modão. Entre seus artistas preferidos estão Chico Rey e Paraná, Milionário e José Rico, Cezar e Paulinho. 

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Emanuel: “Aqui dentro é real. Você se apega” 

Emanuel descreve o confinamento: “Não tem contato físico, não tem corpo, não tem roça roça”, brinca. Apesar do jeito extrovertido de sempre, ele confessa que o período tem sido uma montanha-russa de emoções e fez ele aumentar as sessões de terapia. “O psicológico vai ficando maluco”, diz.  

Ele também diz ter se apegado a muitos colegas, como Ana Carolina, Dielen e Luma, além de Gizele e Seiji. “Eu assistia antes na televisão e via o povo chorando, mas aqui dentro é real. Você se apega”, comenta Emanuel. “A gente está extremamente vulnerável e longe dos familiares e amigos mais próximos.” 

No dia a dia, Emanuel confessa que criou novos hábitos — tanto bons quanto ruins. Passou a acordar cedo e estudar muito antes de sair para a gravação. Por outro lado, também tem consumido mais alimentos calóricos: “Eu não comia pizza, e aqui é todo final de semana.” A carne, pontua, não voltou ao cardápio dele, que é vegetariano.  

Jucy e a organização com os estudos 

Mesmo com a saudade da família, Jucyléiaestá muito focada na disputa. “A saudade não é maior do que a vontade de ganhar”, afirma com convicção. Ela diz que nunca dorme sem estudar e, no dia seguinte, ajusta o despertador para tocar mais cedo para dedicar uma hora à revisão dos estudos. 

Para colocar os aprendizados em prática, Jucy procura sempre cozinhar no hotel. “Preparo a minha janta e no final de semana eu também cozinho”, descreve. “É a oportunidade que eu tenho de ficar mexendo com alguma coisa [na cozinha].”  

Mas nem tudo são estudos: tanto de manhã quanto à noite, Jucy separa um momento para conversar com os familiares. Ainda assim, não é o suficiente para matar a saudade de uma coisa que fazia parte de sua rotina: a praia. “Eu tenho sempre o hábito de caminhar na areia da praia descalça. Olhar para o mar, para mim, está fazendo muita falta”, recorda.  

Luma diz nunca ter estudado tanto na vida 

Para Luma, o confinamento está sendo melhor do que imaginava. “É muito importante para a gente focar, e até fazer essas amizades mais fortes”, analisa a artista. Entre os laços que fez no MasterChef estão Ana Carolina, Dielen e Emanuel. “Eles viraram minha família aqui”, comenta.  

Ainda assim, há a saudade da família lá de Minas Gerais, como sua madrinha e suas primas. Para ela, os piores dias são os finais de semana, quando vê seus amigos nas redes sociais viajando ou andando de skate por aí. Mesmo assim, sabe que todos eles estão torcendo muito por ela. “Igual Copa do Mundo”, brinca. 

Luma revela que nunca estudou tanto na vida quando estuda no MasterChef. Para praticar, ela costuma fazer sua própria comida. “Mas no hotel eu só cozinho tapioca e omelete”, brinca. A gente te entende, Luma! 

Wilton: “Estou amando” 

Entre os competidores, Wiltonfoi o único a disparar que está gostando da situação em que está. “Eu odeio sair. Adoro ficar em casa, então estou amando o confinamento”, garante com um sorriso no rosto. Após a eliminação de Ashanti, sua maior aliada no jogo, ele confessa que ficou mais isolado: “Depois que ela saiu, ficou eu e Deus.” 

Depois de tanto tempo no confinamento, ele passou a chamar seu quarto de hotel de casa. Diz que, após chegar e tomar um banho, costuma conversar com os pais, hábito que adquiriu quando saiu de Martinópolis (SP) para morar na capital paulista. “Minha mãe fez eu prometer que eu ia ligar para ela todos os dias”, relembra.  

Para estudar, Wilton costuma ler e escrever conteúdos relacionadas à gastronomia. Antes do MasterChef, a escrita já era um hábito para ele, fosse para escrever um poema ou organizar uma aula. Depois, claro, tem um espaço para o lazer: ele diz que costuma ver vídeos na internet ou assistir a uma série.

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