Após empregar duas filhas e sobrinhos, ex-prefeito de MG terá que devolver quase R$ 1,5 milhão aos cofres públicos
Político que comandou a Prefeitura de Carneirinho entre 2005 e 2008 não seguiu recomendação do MPMG para exonerar os parentes e foi condenado por nepotismo.
Com informações G1 Triângulo
O ex-prefeito de Carneirinho, Cássio Rosa Assunção, foi condenado por nepotismo e terá que devolver quase R$ 1,5 milhão (R$ 1.499.234,42) aos cofres públicos. Além disso, o político que empregou durante o mandato de 2005 a 2008 as duas filhas e dois sobrinhos, ficará inelegível até 2027.
ENTENDA: O nepotismo ocorre quando um agente público usa da posição de poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes.
A condenação foi resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e tramitava na Justiça há cerca de 18 anos, entre recursos e condenações nas três instâncias.
Camila e Cássia Assunção, filhas do ex-prefeito, e mais dois sobrinhos, Leomar Damascena de Queiroz e Moisés Palmieri Assunção também terão que devolver cerca de R$ 342 mil por terem recebido salários de forma ilegal durante a gestão de Cássio. Eles também estão impedidos de trabalharem em órgãos público por anos.
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A reportagem fez contato com a defesa dos citados e aguarda retorno.
“O MPMG recomendou ao ex-prefeito que exonerasse dos cargos comissionados suas filhas e sobrinhos, atentando-se aos princípios da moralidade administrativa, mas, mesmo assim, o apontamento foi ignorado“, afirmou o órgão.
Outros crimes
O ex-prefeito responde, ainda, pelo crime de improbidade administrativa, que é quando ocorre a promoção pessoal com recurso público.
Ele já foi condenado em primeira instância e terá que devolver mais R$ 650 mil corrigidos desde a data dos fatos ao município.