Startups desenvolvem simuladores para hidrelétricas
Soluções da AQS Tecnologia e Sense+ trouxeram avanços em gestão e treinamento de pessoal para operação da UHE São Simão e serão disponibilizadas ao mercado
Com informações Canal Energia
Depois de avanços percebidos pela SPIC Brasil em gestão e treinamento de pessoal na operação da UHE São Simão (MG/GO, 1.710 MW) os projetos desenvolvidos pelas startups AQS Tecnologia e Sense + ficarão em breve disponíveis ao mercado. As partes assinaram um contrato com a geradora de origem chinesa há pouco mais de um ano, no âmbito do programa de P&D da Aneel para o desenvolvimento de soluções inéditas ao setor elétrico.
A AQS Tecnologia foi uma das vencedoras do desafio de inovação aberta em 2020 com um projeto de UHE Virtual, ferramenta que permite treinamentos práticos e predição de manobras através de ambiente virtual de uma hidrelétrica. A solução permite a realização de procedimentos que seriam complicados de realizar no ambiente real, num recurso parecido com um simulador de voo para treinamento de pilotos.
Segundo a geradora, a ferramenta traz uma experiência de treinamento ao possibilitar o acionamento e o desligamento virtual de máquinas, sendo importante não apenas para a operação da usina, mas para a startup e para o próprio setor, que agora dispõe de mais um recurso. Para a AQS Tecnologia, o grande benefício é encontrar novos clientes para o produto testado por mais de um ano na UHE.
—–CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE—–
Óculos Inteligentes
Outro projeto em andamento com apoio da SPIC Brasil é tocado pela Sense+ e tem como base o conceito imersivo e de realidade estendida, com aplicação de óculos inteligentes para redução de riscos de acidentes operacionais. A solução abrange diferentes tecnologias e aumenta a percepção do ambiente a partir de objetos digitais.
A tecnologia desenvolvida, explica a empresa, permite a colaboração remota na usina. Munido dos óculos de realidade virtual, o técnico, in loco, consegue manter suas mãos livres e ao mesmo tempo transmitir as imagens do equipamento que está sendo trabalhado. Assim é possível resolver um problema com um especialista da máquina que irá acompanhar o processo mesmo a distância, através de videochamada.
A interação entre a realidade e o virtual é possível porque a planta de São Simão, que atualmente está passando por um processo de modernização, foi toda digitalizada através do sistema Building Information Modeling (BIM). Todos os equipamentos estão disponíveis em modelos 3D que possibilitam as visualizações virtuais de todas as áreas do complexo.
—–CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE—–
Novos projetos
A geradora possui ainda um projeto de inovação que utiliza big data e inteligência artificial, com base de informações em séries históricas dos sensores da usina para antever ocorrências de falhas. A iniciativa está no meio do seu desenvolvimento com outra startup, a Solution, e tem resultados promissores para que o sistema consiga prever um possível defeito antes que ele aconteça.
Este ano a empresa lançou o seu segundo desafio para ampliar ainda mais o ambiente de inovação na operação da UHE São Simão e trazer novos serviços para o mercado de energia como um todo. Podem participar startups, empresas de base tecnológica, centros de pesquisa e universidades. O aporte para quatro projetos dentro dos temas de Operação, Modernização e Patrimônio. será de R$ 6 milhões.