Veículo com placa de Ituiutaba é apreendido em Juiz de Fora com pedras preciosas avaliadas em R$ 128 milhões
Suspeitos alegaram que carga de alexandritas extraídas na Bahia seriam utilizadas para pagar dívida e negociar ‘terrenos e fazendas’ em Juiz de Fora
Com informações Tribuna de Minas
Pedras preciosas avaliadas em R$ 128 milhões foram apreendidas na manhã desta segunda-feira (10), dentro de uma caminhonete, na BR-040, em Juiz de Fora. O veículo tinha placa de Ituiutaba, município distante cerca de 930 km de Juiz de Fora, e estava ocupado por três pessoas, dois homens de 46 anos e uma mulher de 59.
Abordados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), os ocupantes se declararam corretores de imóveis e afirmaram que estavam vindo para cidade.
Ainda de acordo com o depoimento dos suspeitos à PRF, as pedras teriam sido extraídas na Bahia e serviriam para pagar uma dívida em Juiz de Fora.
O policial rodoviário federal Leonardo Stigert participou da abordagem e disse que os suspeitos afirmaram estar vindo para a cidade negociar terrenos e fazendas. A abordagem, segundo ele, não teria partido de uma denúncia. A PRF estava fazendo ações de rotina quando parou a caminhonete.
“Através dos documentos de identidade dos suspeitos, vimos pelo sistema que eles já tinham passagem criminal por crimes relacionados ao transporte irregular de pedras preciosas.”
Com isso, os policiais fiscalizaram mais a fundo o interior do veículo e localizaram uma bolsa com pedras de cor esverdeadas. Os ocupantes informaram tratar-se de pedras sem valor significativo. Porém, durante as buscas, foi encontrado um laudo referente aos minerais transportados, afirmando tratar-se de 1,2 kg de alexandrita, que possui elevadíssimo valor comercial, podendo chegar a US$ 9 mil por quilate. Cada quilate corresponde a 0,2 grama. Ou seja, 1 grama equivale a 5 quilates. A alexandrita, além de muito rara, destaca-se por ter cor verde em luz natural e vermelha em luz artificial.
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Sem documentos
Um inquérito da Polícia Federal foi aberto a fim de analisar as pedras e confirmar seu valor e procedência. Por conta do transporte ilícito das alexandritas, inclusive sem comprovação de recolhimento dos devidos impostos, os três envolvidos foram encaminhados, juntamente com a mercadoria e o veículo, para a Polícia Federal.