Caso suspeito de varíola de macacos é investigado em Uberlândia

De acordo com a Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o paciente morreu. Brasil registra até o momento dois casos da doença; entenda.

Com informações G1 Triângulo e Alto Paranaíba

Um caso suspeito de varíola de macacos é investigado em Uberlândia pela Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). O paciente, de 41 anos, que estava internado no Uberlândia Medical Center (UMC), morreu. A causa da morte, no entanto, é investigada e pode ter sido agravada por outras doenças. O anúncio do início da investigação foi neste sábado (11).

De acordo com a SES-MG, o homem era morador de Araguari e trabalhava em Uberlândia. Entre os parentes próximos não houve nenhum caso sintomático. Não foi informado onde a vítima teria contraído a doença e nem se esteve fora do país.

Em nota, a SES-MG também disse que “orientou que fosse coletada a amostra para a análise pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). A SES-MG, a SRS Uberlândia e a secretaria municipal de Saúde estão investigando o caso e monitorando os contatos próximos”.

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A reportagem procurou as prefeituras de Araguari e Uberlândia para saber se foram notificadas sobre o caso suspeito e quais medidas estão sendo tomadas. Em nota, a Prefeitura de Uberlândia confirmou as informações anunciadas pela SES/MG e disse que as amostras já foram colhidas e encaminhadas à Funed. A Secretaria de Saúde de Araguari não se posicionou até a última atualização desta reportagem.

Até este sábado haviam dois casos confirmados de varíola dos macacos no Brasil, ambos no estado de São Paulo. O Rio de Janeiro investiga um possível caso em Macaé.

Apesar da preocupação global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) “ressalta que não houve mortes associadas à doença. Além disso, não recomendou vacinação em massa e diz que o atual surto pode ser controlado com vigilância e rastreamento de contatos”.

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Mundo

A OMS disse que a varíola dos macacos traz um “risco moderado” para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.

“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, afirmou a OMS.

Sintomas e transmissão

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explicou Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

“O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completou Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

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