Triângulo Mineiro permanece sob alerta de seca crítica, diz estudo
Com informações Jornal da Manhã
Minas Gerais apresentou cerca de diminuição de 3% na área com seca grave entre janeiro e fevereiro de 2022. A área passou de 13% para 10%, a melhor condição do fenômeno no estado desde julho de 2021, quando não houve registro de seca excepcional e recuo de 3% de seca extrema. Entretanto, o Triângulo Mineiro continua dentro de condição crítica de disponibilidade hídrica. Os dados são do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA).
“O mapa mais recente (fevereiro de 2022) indica o predomínio de seca extrema (área em vermelho) no Triângulo Mineiro e, ainda, a presença de um setor de seca excepcional (área em vinho) em sua porção mais a oeste. O Triângulo Mineiro está predominantemente em área com clima tropical típico. Como adentramos o período seco (abril-setembro) desse tipo climático, podemos esperar um agravamento das condições de seca no Triângulo Mineiro”, afirma o professor de Climatologia do Departamento de Geografia da UFTM, Leandro de Godoi Pinton.
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O professor ainda explica que, entre os primeiros meses de 2022, verificou-se uma pequena redução das áreas de insuficiência hídrica no Triângulo Mineiro.
“Isso indica que a chuva dos meses de verão não foi suficiente para melhorar a condição de seca da região”, analisa.
Segundo o Monitor de Secas, a área total com o fenômeno caiu de 40% para 33% do território mineiro. Esse é o menor percentual desde o mês da entrada de Minas Gerais no mapa do Monitor, em novembro de 2018, quando a seca foi observada em 27% do território mineiro.
Em seu relatório, o monitor relata que o recuo registrado se deve em função das anomalias positivas de precipitação registradas nos últimos meses. Dessa forma, o mapa apresenta recuo das secas fraca (S0), moderada (S1), grave (S2) e extrema (S3) no oeste, além redução da área com seca grave (S2) no sudeste do estado.