Microrregião de Ituiutaba permanece na ‘Onda Vermelha’ do Minas Consciente

Com informações G1 Triângulo e Alto Paranaíba

A macrorregião do Triângulo do Norte avançou para a Onda Amarela do programa Minas Consciente. Já as macrorregiões do Triângulo do Sul e Noroeste vão permanecer na Onda Vermelha por mais uma semana. O anúncio foi feito pelo Comitê Extraordinário Covid-19 nesta quinta-feira (8).

A microrregião da Ituiutaba, no entanto, permanece na Onda Vermelha.

Durante o anúncio, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti também falou sobre a queda na ocupação de leitos e do número de óbitos. Além disso, foram anunciadas mudanças no modelo de trabalho dos servidores estaduais e a liberação de cirurgias eletivas em todo o território (veja detalhes mais abaixo).

Com as alterações, que foi possível com a melhora nos indicadores da doença em Minas Gerais, todos os municípios estão autorizados a retomarem as aulas presenciais. Até a publicação desta reportagem, o Governo de Minas não havia divulgado a situação das microrregiões.

Apesar das classificações no programa estadual, Uberlândia e Uberaba saíram do Minas Consciente, portanto, poderão seguir os planos próprios de retomada econômica e a decisão do Comitê Estadual não afeta a situação das mesmas.

Queda de índices

Durante o anúncio das novas classificações, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou o panorama atual é de clara melhora no cenário da pandemia em Minas Gerais. Segundo ele, isso refletiu na ocupação de leitos, que diminuiu.

“O vírus está circulando menos. Menos pessoas estão com sintomas, buscando atendimento especializado. Tivemos uma queda robusta na procura por leitos, principalmente nas regiões Centro, Centro-Sul, Oeste e Triângulo do Sul”, afirmou.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com coronavírus no Estado é de 68%. Em junho, o número de pacientes que aguardavam uma unidade de terapia intensiva caiu de 227 para 54.

Ainda de acordo com Baccheretti, a taxa de mortalidade por faixa etária a cada 100 mil habitantes também apresentou queda, especialmente entre os grupos imunizados. No grupo acima dos 80 anos, a mortalidade caiu de 12% para 10% desde o início da pandemia.

Já no grupo entre 70 e 79 anos, a redução foi de 43% para 28%, e nas pessoas entre 60 e 69 anos, a queda foi de 24% para 19%.

“Os gráficos apresentam um descolamento entre casos e óbitos, o que demonstra a eficácia da vacinação diante dos casos graves. No pico, antes da vacinação, tínhamos uma proporção semelhante entre casos leves, graves e óbitos. Hoje, a proporção de casos leves é muito maior do que a de óbitos. Significa que, mesmo as pessoas pegando a doença, ela está se agravando menos, e principalmente, as pessoas estão morrendo menos”, concluiu o secretário.

Serviço público

O Comitê Extraordinário Covid-19 também anunciou mudanças nas deliberações referentes ao modelo de trabalho dos servidores estaduais. O trabalho presencial vai ser retomado de forma gradual em órgãos estaduais, conforme regras de biossegurança estabelecidas pela SES-MG.

Os primeiros a retornar deverão ser os trabalhadores que já estão com a vacinação completa. O mínimo de servidores que vai voltar a trabalhar presencialmente será estabelecido pelos órgãos e entidades.

Também houve alteração no procedimento para afastamento de servidores com sintomas da doença que, a partir de agora, vai precisar realizar perícia para permitir o afastamento. A perícia vai poder ser realizada pelo serviço de teleatendimento.

Cirurgias eletivas

Como nenhuma região está com cenário assistencial e epidemiológico desfavorável, as cirurgias eletivas foram autorizadas, dentro dos seguintes critérios:

  • Onda Vermelha: procedimentos cirúrgicos em ambiente ambulatorial, uma vez constatado pelo médico assistente que o atraso deste tratamento poderá levar a complicações e/ou ao aumento do risco de morte.
  • Onda Amarela: todos os procedimentos permitidos na onda vermelha, além de procedimentos cirúrgicos hospitalares que não demandem intubação orotraqueal ou sedação profunda, uma vez constatado pelo médico assistente que o atraso deste tratamento poderá levar a complicações e/ou aumento do risco de morte.
  • Onda Verde: todos os tipos de eletivas ficam permitidos, mas caberá ao gestor local e da unidade de atendimento analisarem a disponibilidade de leitos, equipes, equipamentos e insumos hospitalares.

Em todas as ondas podem ser realizados procedimentos relacionados a transplantes, cirurgias cardiovasculares, oncológicas, neurológicas e neurológicas relacionadas ao processo dialítico, em estado de saúde mais grave.

Critérios

Enquanto na Onda Roxa apenas serviços considerados essenciais podem operar, nas ondas Vermelha e Amarela todas as atividades têm autorização para funcionar, desde que a macrorregião não esteja enquadrada como “cenário epidemiológico e assistencial desfavoráveis”.

Veja algumas regras abaixo:

  • A Onda Vermelha permite a realização de eventos com até 30 pessoas, enquanto na Onda Amarela o limite é de 100 pessoas;
  • Na Onda Vermelha, hotéis e atrativos culturais e naturais podem funcionar com 50% da capacidade ocupada. Na Onda Amarela, a ocupação pode ser de 75%;
  • O limite de público também é menor na Onda Vermelha. Em espaços fechados e com atendimento ao público, é permitido uma pessoa a cada 10 m². A distância linear entre as pessoas em filas e mesas, por exemplo, deve ser de 3 m. Na Onda Amarela, a capacidade é de uma pessoa a cada 4 m², e a distância linear, de 1,5 m.

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