Marfrig quer elevar a 42% o transporte por ferrovia, via São Simão (GO), até o final do ano
Com informações IstoÉ Dinheiro
Marfrig Global Foods, segunda maior processadora de carne bovina no Brasil, quer elevar de 30% para 42% o escoamento de sua produção via modal ferroviário até o fim deste ano, disse a companhia nesta sexta-feira.
Atualmente, a empresa utiliza somente a malha Norte para transporte de cargas entre Rondonópolis (MT) e Santos (SP), mas já avalia uma expansão por meio da malha Norte-Sul, disse em nota o diretor de logística, Luciano Alves.
“Para que nossa expectativa de expansão do uso dos trilhos se concretize, demos início ao processo de avaliação de escoamento da produção também pela malha Norte-Sul, que abrange o trecho entre o município de São Simão, em Goiás e o porto de Santos, em São Paulo”, afirmou.
A operadora logística Rumo inaugurou no mês passado o trecho que vai de São Simão (GO) a Estrela D’Oeste (SP) na Norte-Sul, com entrega antes do prazo. A empresa arrematou em 2019 a concessão mais recente de um trecho da ferrovia, após ter oferecido pagar 2,719 bilhões de reais para operação por 30 anos.
A Marfrig disse que, termos de volume, já aumentou de 50 para 300 os contêineres transportados pelo modal ferroviário e a expectativa é chegar a 500 ainda em 2021.
Segundo o frigorífico, o aumento foi resultado da implementação de um plano de ação da equipe de logística, que tornou mais eficiente o processo de carga e descarga e quase igualou o tempo gasto no transporte ferroviário e no rodoviário.
“No início, a carga enviada sobre trilhos demorava 18 dias para chegar ao destino, agora esse prazo caiu para 12 dias, o mesmo tempo gasto no rodoviário para o mesmo trajeto”, explicou Alves, ao ressaltar que a ferrovia é um canal mais viável atualmente.
Além disso, a economia nos custos com frete também foi um ponto de atenção, crescendo proporcionalmente ao aumento do volume que a Marfrig passou a transportar pela ferrovia. Atualmente, a despesa com frete chega a ser 30% menor, calculou a empresa.
“E fortalecendo ações de sustentabilidade de sua cadeia de produção, o aumento da utilização das estradas férreas do país também contribui para a redução da emissão de gases poluentes em 65%”, comentou.
(Por Nayara Figueiredo)