Covid-19: Uberlândia pode ter 18 novos leitos de UTI até sexta-feira

Com informações O Tempo

Dezoito leitos de terapia intensiva poderão entrar em operação no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), até o fim desta semana, para conseguir à alta na demanda por atendimento a pacientes com Covid-19. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, durante coletiva na tarde desta quarta-feira. 

Segundo o secretário, oito leitos já poderiam entrar em operação neste momento, antes mesmo da formalização do pedido de habilitação para o Ministério da Saúde. “Depois buscamos financiamento com o ministério, mas já começa o funcionamento de imediato”, disse Amaral.

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Outros dez leitos dependem da conclusão de um processo seletivo feito para profissionais de saúde, mas podem entrar em funcionamento até o fim desta semana. “Também vamos tentar viabilizar equipamentos e recursos humanos para tentar mais 12 leitos”, adiantou o secretário, explicando que cada UTI custa ao Estado cerca de R$ 480 mil por mês. 

A abertura de leitos de UTI em Uberlândia está sendo realizada para desafogar a rede pública de saúde da macrorregião Triângulo do Norte, pressionada pelo grande aumento de casos de Covid-19. A ocupação de leitos de terapia intensiva nessa região está em 89,3% nesta quarta-feira, mas chegou a 94% há dois dias. 

A média de novos casos no Triângulo do Norte é de 788,3 diagnósticos diários nos últimos sete dias – um aumento de 24,5% em relação a duas semanas atrás. Já a média móvel de mortes é de 15,7 por dia, uma elevação de 89,1% nos últimos 14 dias.

Além de Uberlândia, cidades como Coromandel e Monte Carmelo vivenciam uma situação bastante crítica no atendimento a pacientes em Covid. Os hospitais dessas duas cidades estão completamente lotados e os pacientes estão sendo transferidos para outras regiões de Minas. 

De acordo com Amaral, além da ampliação de leitos por parte do Estado, é fundamental que a população faça a sua parte para reduzir a transmissão do coronavírus. “Não é momento de desespero, mas cada um tem que fazer a sua parte e ficar em casa, sempre que for possível. Precisamos de todo mundo tomando cuidados para o controle da situação”, afirmou o secretário.