Emater-MG implanta unidade demonstrativa Integração Lavoura Pecuária (ILP) em Santa Vitória
Em Santa Vitória, está sendo implantada uma unidade demonstrativa do projeto de Recuperação de Pastagens degradadas pelo sistema ILP (Integração Lavoura Pecuária) na Fazenda Cabeceira da Invernada, na região do Mato Largo, em Santa Vitória, de propriedade de Alcides Medeiros de Araújo.
O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), e operacionalizado pela EMATER-MG, tendo como objetivo reformar pastagens degradadas em municípios do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba.
No total, 14 unidades foram selecionadas para compor o projeto. A EPAMIG, junto a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), conduz pesquisas com recuperação de pastagens nas unidades. Os trabalhos são desenvolvidos por meio das técnicas de Integração Lavoura Pecuária (ILP) e Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), visando adoção de sistemas de produção sustentáveis que preconizem a baixa emissão de carbono, corrigindo pastagens degradadas e a fertilidade do solo e deixando-o preparado para receber sementes de novas forrageiras e adoção de manejo adequado das pastagens.
A propriedade participante do projeto vem sendo assistida a nível local pela Emater-MG de Santa Vitoria, em parceria com a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade do Mato Largo (APROMATO). As análises, preparos de solos e as devidas correções foram feitas anteriormente, sendo que em 20/12/2020 foi feito o plantio de milho juntamente, com sementes de capim Mombaça, sendo que o milho vai virar silagem depois de colhido e a forrageira continuará a desenvolver na área, proporcionando uma reforma de pastagens, sendo que os custos de tal reforma, será bancada com as adubações e correções de solo feitos na ocasião do plantio do milho, sistema conhecido como Sistema Barreirão, onde os resíduos deixados para a pastagem (preparo do solo, adubação, sementes etc.) – representam mais de 60% dos custos.
A lucratividade será contabilizada não apenas na produção de silagens, mas com o desfrute das pastagens recuperadas, na forma de produção de carne e de leite. Estima-se que 80% dos 50 a 60 milhões de hectares de pastagens cultivadas no Brasil Central encontram-se em algum estado de degradação, ou seja, são incapazes de sustentar os níveis de produção e qualidade exigida pelos animais, sendo assim a implantação da Unidade Demonstrativa, vem para tentar despertar no produtor rural a necessidade de utilização de técnicas para a recuperação de pastagens, de forma a otimizar o aproveitamento da área, recuperar as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo e viabilizar a produção de proteína animal a baixo custo, em breve poderá ser feito um dia de campo ou reunião na propriedade para divulgação dos resultados (respeitando as regras sanitárias e de distanciamento social, sem aglomerações, vigentes na atualidade).