Homem mata ex e mais três em ataque em igreja evangélica em Paracatu
Ex-militar da aeronáutica foi até a casa onde a ex-companheira estava e a esfaqueou; em seguida, seguiu para a igreja, onde desferiu os disparos.
Quatro pessoas morreram vítimas de um ataque ocorrido na noite desta terça-feira (21), em Paracatu, na região Noroeste do Estado, distante a cerca de 500 quilômetros de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, autor do crime é o ex-militar das Forças Armadas Rudson Aragão Guimarães e tem 39 anos. Ainda não há detalhes sobre motivação do crime.
As vítimas fatais são a ex-namorada do autor, Heloísa Vieira Andrade, 59, duas mulheres que estavam na igreja Marilene Martins de Melo Neves, de 52, e Rosângela Albernaz, de 49 anos, e o pai do pastor, Antônio Rama, de 66 anos.
Segundo o major da PM Flávio Santiago, o homem foi até a casa da mãe dele, onde estavam a mãe, a irmã e sua ex-namorada em oração. Então, desferiu um golpe de faca no pescoço da ex-companheira, Heloísa, que morreu no local.
Em seguida, ele foi até uma igreja batista da cidade, onde ocorria uma reunião fechada com aproximadamente 20 pessoas. Ele arrombou a porta da igreja e, de posse de uma garrucha calibre 36, atirou na cabeça de Antônio. Ele era pai do pastor da igreja.
Depois disso, o ex-militar recarregou a arma e atirou novamente, desta vez, na cabeça de uma Marilene.
A PM chegou ao local. Ao perceber a presença dos militares, ele fez Rosângela de refém. A corporação tentou negociar, mas ele disparou mais uma vez e acertou na cabeça da mulher. Com isso, as três pessoas morreram no templo.
Os militares revidaram e atiraram no homem, que ficou ferido e passa por cirurgia na noite desta terça-feira (21). “Se a PM não chegasse, o ataque poderia ter sido muito pior”, relatou o major.
Segundo a PM, o pastor fugiu do local, mas acabou quebrando o tornozelo na fuga. A reportagem entrou em contato com o prefeito da cidade, mas as ligações ainda não foram atendidas.
Feridos
Segundo o Hospital Municipal de Paracatu, deram entrada no local cinco pessoas, sendo o próprio atirador e as pessoas feridas por ele. As mortes das vítimas foram constatadas lá.
O autor teve um ferimento na orelha e outro na artéria e que não corre risco de morrer.
Cidade assustada
“A cidade está muito assustada. Ainda mais que mataram gente dentro da igreja. Seu Antônio era amigo da minha mãe”, lamentou a atendente de hospital, Jainni Oliveira, 42, que era amiga do homem que morreu na igreja.
Fonte: O Tempo